segunda-feira, 2 de março de 2009

Não me deixes apaixonar...


Não permitas que me apaixone por você!

Não permitas que me encante por tua ternura, pela forma que toca os meus ouvidos e assim me conduz a doce ilusão de amar.

Não permitas que eu sinta teu corpo marinho, que roce as minhas pernas na tua e inale o teu cheiro de pecado, revelando a minha ingênua nudez e assim troque de alma.

Se não és digno deste amor,
Suplico:
Não me deixes apaixonar!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Cúmplice Borboleta

O segredo não é correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você.

(Mário Quintana)

Assim...

Meu jardim o aguarda,
Cúmplice borboleta.
Serás azul, amarela ou vermelha?
De que lado chegarás?
Ansiosa me ponho em preparo
Retocando, verdes galhos
Pra reverenciar vossa alteza.

Não esqueça de trazer no retorno
Gotas de amor e carinho
E voe com muito cuidado
Pra não derramar o preparo
Que nutrirá nosso “ninho”.

Não miro o tamanho da asa
O que importa é que ela caiba
A grandiosa função
De me abraçar, me acolher
De tudo me defender
Me assegurar proteção.

Aumentas então meu desejo
Confesso estar meio sem jeito
De celebrarmos assim
Todos os combinados
De fidelidade e amparo
Que prometestes enfim.

Que no sexo a gente esqueça
Qualquer pudor e tristeza
Que boicote então
A razão deste ato
Que se resulta no fato
De partilhar explosão.

Que nossos vôos sejam altos
Que os campos sejam vastos
Em horizontes sem fim
E assim se enalteça
De cada um a beleza
Que são descritas aqui.

Meu jardim o aguarda,
Cúmplice borboleta.
E o que fazes agora?
Quanto tempo demoras?
Dolorosa gestação!
Saiba que neste momento
Que te preparas pra mim
Fico no teu aguardo
Cuidando do nosso jardim.

(Cau Castro)

À Rita Contreiras

Oh, doce BAILARINA! Que honra partilhar a tua dança, tua companhia, teu aprendizado! Aliás, aprendizado mútuo. Essa parceria é tão rica! Como me influencia tanto!
Sempre juntas, somos bailarinas das nossas canções...

Canções que escrevemos, rimamos, erramos, em busca de descobrir o ritmo e os passos que nos dão a graça de UMA GRANDE MULHER. Fêmea, amiga, filha, mãe. Uma mulher de muitas faces e fases (assim o diz) e artimanhas na dança do VIVER.

Reverencio-a sendo grata por permitir-me partilhar deste espetáculo!

Parabéns, pelo exemplo de SER!

(Cau Castro)

(Um novo) PARABÉNS

Pássaros um dia cantaram alegremente
Na natureza florida e reluzente.
Acho que por ciúme,
Borboletas salientes
Também vieram lá do cume.

As árvores teimando em participar
Pediram ao vento para se curvar
Em homenagem e reverência
Ao teu chegar

A cachoeira, o sol e o lago
Fizeram um acordo singular:
Espumas e ondas gigantes
Para ti um arco-íris dourar.

E Quando a noite chegou,
Nem a lua sossegou.
Às estrelas cintilantes pediu,
Para fulgirem juntas esse céu de anil.
Bailaram e brilharam com tal,
Em uma data tão especial.

Neste dia mais que glorioso
Marcado no meu calendário
É o teu aniversario
Aqui meu carinho agora triplicado
Claro que não poderia ficar calado
Faz de novo nascer dentro do peito
Com todo amor e respeito
Neste dia tão diferente
Versos que eu teimo em cantar,
Novamente,
Para a ti congratular.
(Kleitman Castro)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Palavras

Vastas palavras permeiam a minha mente em busca de um mar.

Oceano que deságuo
Turbilhões de desafetos,
Turbilhões de emoções.
A mente discute com o resto,
Coração reivindica a posição

O que temes em dizer?
“Falas” de flores e amores,
Raças, crenças, tradições.
Fala daquilo que não pensas,
Falas sem mesmo ter razão.

Que descoberta me remete à fantasia de criar!

Com estas posso guardar qualquer segredo.
Posso falar de amor e medo,
Posso pecar.
Pecar pelo excesso,
Pecar pelo zelo.
Só não posso pecar por calar!

(Cau Castro)

Quem sou

Taurina nata
Sedutora por natureza
Pés no chão
Com certeza
Cabeça em nuvens “de coração”...

Imaginem a vaidade
Posta em gente
Conduta pecável
Irreverente
Só transpira emoção.

Sai da frente
Lá vem ela
Na velocidade da luz
Quem é ela?
Um grande furacão.

Doce, meiga, vaidosa
Até se acha gostosa
Modéstia?
Trancou no porão.

Companheira, amiga, briguenta,
Porrada da vida ela agüenta
E ainda diz
“De tudo, uma lição”.

Viver a vida é uma arte
Fazemos a nossa parte
De sacudir a poeira
E se erguer do chão.

(Cau Castro)

Meus “bichos”


De quem falo?
São meus “bichos”
Que atraem
Que repelem
Que envolve
E me seguem
Que me faz ímpar

São meus “bichos”
Com quem harmoniosamente convivo
Quer saber?
Eu nem sinto
Sua presença ímpar

Supero-os
Meus “bichos”
Por quê?
Estou de consciência limpa!
(Cau Castro)

À Kleitman Castro

Sou suspeita,
Sou a réplica
E a tréplica
Em sua defesa.
Do seu formato,
Intacto
Em ver o que o rodeia.
Sou fã,
Estou sã
E lúcida
Da leitura translúcida
Que de ti encandeia

A você meu doce e amado irmão e a sua [É] terna e ímpar forma de traduzir emoções.

(Cau Castro)

Uma “Fênix” de mulher


Dolorosos são os nossos recomeços...

Como uma fênix que vai ao topo nos lançamos
Numa incessante busca de respostas
Pra “porquês”
De causas tortas
Na esperança de solução.

Dolorosos são os nossos recomeços...

Como uma fênix que vai ao topo nos encolhemos
Miúdas ficamos
A refletir
Onde erramos?
Desiludidas, em solidão.

Dolorosos são os nossos recomeços...

Como uma fênix que vai ao topo nos “mutamos”
Violadas, violamos
Cortinas que teimam
Grosseiramente
Nos cobrir a visão

Dolorosos são os nossos recomeços...

Como uma fênix que retorna do topo nos alçamos
Em vôo alto
Repetidas vezes
Em busca de
Uma nova emoção.

Talvez não sejam tão dolorosos os nossos recomeços...
(Cau Castro)

Adoro a este príncipe

E como eu adoro...
Adoro seu bom humor, seu sorriso quadrado, um sorriso safado, que rouba a cena e o faz comunicar;
Adoro seu gosto por gostos, aromas, sabores;
Adoro a sua sensibilidade e a sua capacidade de ajustar texto e contexto;
Adoro a sua fortaleza, que o faz assumir as fraquezas diante de experiências tão novas;
Adoro tudo o que vejo e principalmente o que não vejo e nem posso pegar;
Tudo que o faz tão diferente do que eu pudesse sequer imaginar.

Tão bom encontrar você!
Agradeço ao Universo por surgires em minha vida, independente da durabilidade e influenciar-me tanto, em demasia.
Tornando-me um ser humano mais evoluído, apurando a minha perspectiva de ver um novo mundo a cada dia.
De forma suave, tranqüila, gradativa.
Procurando apenas fazer o bem e ser feliz.

Rendo-me a um príncipe que me faz princesa.

(Cau Castro)

Vida


Oh! Sujeitinha esquisita!
Qual a sua forma?
Será de fato um círculo ou ciclo?
Cheia de voltas...
Coisas boas, coisas ruins...
Momentos felizes, outros tristes...
Altos e baixos, reta ou torta?
Quem sabe?
Será que é nossa?
Quantas lições...
Que forma rude de ensinar alguma coisa.
Bate, assopra!
E o que queres?
Existe?
E o livre arbítrio?
O que é isto?
Quem maneja esta nave?
Eu a ela ou ela a mim?
Às vezes, viver é bom...
Pecado é achar ruim.
(Cau Castro)